quinta-feira, 18 de março de 2010

BBC - internet permite aos índios Suruí, luta ambiental e paquera online



Os índios Surui, donos da reserva Sete de Setembro, em Cacoal (RO), estão usando a internet para promover sua valorização cultural e combater o desmatamento.

Eles estão usando o programa de mapas do Google, o Google Earth, para divulgar sua história e tradições através de um mapa cultural feito em parceria com uma ONG, ACT Brasil.

O próximo passo será usar smartphones capazes de tirar a foto do desmatamento ilegal, precisar com exatidão a localização via GPS e enviar para a rede em tempo real.

A rede não chegou ainda Lapetanha, a aldeia mais próxima da estrada que leva a Cacoal. Mas em caráter individual, muitos indígenas, especialmente os adolescentes e jovens, estão acostumados a se conectar à rede quando vão aos centros urbanos.

Para o casal Maria Leonice, a Tori, e Gasodá Surui, a internet encurtou distâncias. Ele vive em Cacoal e ela, em uma aldeia Tupari perto de Alta Floresta do Oeste, a cerca de 350 quilômetros de distância. Ambos se conheceram pelo Orkut, flertaram pelo MSN e hoje, casados, são o centro das atenções.



O líder indígena Almir Suruí, 35, é o criador de uma iniciativa pioneira de utilizar a internet para valorizar a cultura de seu povo e combater o desmatamento ilegal na reserva indígena Sete de Setembro, em Rondônia, onde mora.

“Eu acho que nossa aliança com a internet é muito importante porque facilita e possibilita que a comunicação fortaleça politicamente nosso povo. O meu povo pode estar falando da ameaça da floresta, do desenvolvimento da floresta, da valorização cultural do povo Suruí.”

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