terça-feira, 23 de março de 2010

Governo de SP cobra Mário Reali sobre projeto cultural de Diadema

Por Elaine Granconato

O secretário adjunto de Estado da Cultura, Ronaldo Bianchi, cobra do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), a manutenção do Programa de Formação e Difusão de Dança no município, um dos primeiros em dança-educação no Brasil.
Em ofício enviado ao petista, o representante estadual aponta que a Prefeitura pretende reduzir o convênio de R$ 38 mil para R$ 8.000 mensais, medida essa que decretaria o fim do projeto com 15 anos de estrada e reconhecido nacionalmente. A Prefeitura nega descontinuidade ou qualquer alteração no convênio.
Embora não haja repasse estadual neste convênio entre Prefeitura e a Associação Projeto Brasileiro de Dança/ Companhia de Dança de Diadema, o governo tucano patrocina a entidade desde 2007 em programas diversos, como Virada Cultural Paulista e Circuito Cultural Paulista. No documento, Bianchi informa "não poder aumentar a dotação".
Menos de 15 dias depois do envio do ofício, o secretário adjunto afirma já ter surtido resultado positivo. Bianchi informou ontem, por nota, que a "Prefeitura está revendo a posição da Secretaria da Cultura municipal e deve fazer uma contraproposta para viabilizar o programa".
Desde o fim de 2009, o assunto de diminuiur o recurso mensal do programa de inclusão cultural de R$ 38 mil para R$ 8.000 veio à baila nos bastidores cultural e político da cidade. Até por conta da decisão do governo Reali de cortar entre 20% e 25% das despesas em todas as secretarias municipais, que sofre com dívidas e atrasos no pagamento de fornecedores.
O Diário apurou que houve movimentação e resistência dos vereadores, de diversos partidos, inclusive com cobranças diretas ao próprio prefeito de Diadema sobre o corte no repasse.
O orçamento da Pasta de Cultura neste ano é de R$ 8,45 milhões, o que corresponde a 1,27% do total do governo (R$ 667 milhões).
Em Diadema, o programa de difusão e circulação da dança atende cerca de 650 pessoas no ano, entre crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência física - um dos precursores nesse segmento.

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