quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Biblioteca Nacional da França (BNF) alia-se a Google

Depois de ter recusado digitalizar seu acervo em 2005, a Bibliothèque Nationale de France mudou a estratégia defendida pela instituição. As negociações para a colaboração com o Google “poderão ser feitas nos próximos meses”, indicou o diretor geral adjunto da BNF, Denis Bruckmann, numa entrevista publicada pelo diário económico "La Tribune".

Em 2005, o Google tentou concretizar o projeto de digitalização das obras das bibliotecas internacionais mais prestigiadas, mas o presidente da BNF na altura, Jean-Nöel Jeanneney, recusou a proposta da empresa americana e apelou a uma contra-ofensiva europeia.
A mudança de estratégia da BNF deve-se, particularmente, aos custos da digitalização de todo o seu patrimônio.

“Nós não vamos parar o nosso próprio programa de digitalização, mas se o Google nos permite ir mais longe e mais rapidamente, porque não?”, apontou Bruckmann, que também é diretor das coleções da BNF.

A secretária de Estado responsável pela exploração e desenvolvimento da economia digital, Nathalie Kosciusko-Morizet, declarou à agência AFP que “é neste momento que se estrutura o mercado dos livros digitais e a discussão entre a BNF e o Google participam disso”.

“Um acordo com o Google deve forçosamente respeitar integralmente os direitos de autor, o que não está atualmente na política do Google, e será diferente para os livros com direitos de autor e para os livros de domínio público”, acrescentou Nathalie Kosciusko-Morizet.

O Google já assinou acordos com cerca de trinta bibliotecas internacionais, entre as quais se encontram as do Congresso americano, das universidades de Harvard e Oxford, e digitalizou dez milhões de obras, que se encontram disponíveis gratuitamente no endereço da biblioteca digital, no Google search book ou Google Livros em português .

Com informações do PUBLICO.PT

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